BARCA BELA | |||
Pescador da barca bela,
Onde vais pescar com ela. Que é tão bela, Oh pescador? Não vês que a última estrela No céu nublado se vela? Colhe a vela, Oh pescador! Deita o lanço com cautela, Que a sereia canta bela... Mas cautela, Oh pescador! Não se enrede a rede nela, Que perdido é remo e vela, Só de vê-la, Oh pescador. Pescador da barca bela, Inda é tempo, foge dela Foge dela Oh pescador!
© Almeida Garrett
In Folhas Caídas, 1853
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Leituras Literárias Portuguesas
domingo, 21 de junho de 2015
Poema "Barca Bela", de Almeida Garrett.
Obras de Eça de Queirós.
A obra de Eça de Queirós, sem dúvida a melhor prosa de todo o Realismo português, tem sua produção mais relevante dividida em duas fases: a realista e a pós-realista.
A Correspondência de Fradique Mendes
Na primeira parte da obra, um narrador em primeira pessoa que se trata por "eu" apresenta a personagem Fradique Mendes. O narrador se encontra em um café em 1867 e lê em uma edição de "Revolução de Setembro", uma pequena coletânea de poemas chamada "Lapidárias", que seria de autoria de Fradique Mendes. Para o narrador, aquele seria um grande poeta extremamente original, com temas realmente novos e modernos. Ele elogia, então, sobre Baudelaire e Fradique.
Após isso entra em cena Marcos Vidigal, amigo dos tempos de faculdade do narrador, mas descrito como uma pessoa menor. Porém, para surpresa do narrador, Vidigal é parente de Fradique e promete apresenta-los. Vidigal torna-se, então, um narrador em primeira pessoa e conta toda a história de Fradique.
O poeta de "Lapidárias" teria sido filho de uma rica família dos Açores e recebido grande herança. Fradique é educado por sua madrinha, mulher de grande erudição e punho firme. Ele estuda Direito em Coimbra e, após a morte de sua madrinha, fica em Paris esperando a maioridade para receber sua herança. Livre e rico, participa de diversos acontecimentos históricos e trava contato, dentre outros, com Victor Hugo. Terminado o relato de Vidigal, volta o narrador em terceira pessoa.
O narrador é então apresentado a Fradique e a partir daí cria-se uma certa amizade. Os dois travam discussões sobre arte, literatura e questões sociais. Apesar de o narrador declarar que acha Fradique pedante, mantém sua admiração por ele, uma vez que trata-se de uma pessoa original e brilhante. Fradique e o narrador ainda se encontram no Cairo e conversam sobre as diferenças entre o Oriente e o Ocidente. Para Fradique, o Oriente está tão decadente quanto o Ocidente.
O narrador segue, então, contando uma série de fatos sobre Fradique, de modo a deixar claro a erudição desse incrível homem e criar a ilusão de que ele realmente existiu. No final dessa primeira parte, o narrador conta que não sobrou nenhuma obra impressa de Fradique e que especula-se que ele havia deixado alguma arca perdida contendo manuscritos. De concreto, só restam cartas. Começa, então, a parte epistolar do livro, que consiste em cartas que Fradique escreveu a amigos e intelectuais da época.
A segunda parte do livro apresenta 16 cartas escolhidas pelo narrador para dar credibilidade à figura de Fradique Mendes. As cartas são endereçadas tanto a pessoas reais (tais como Oliveira Martins e Ramalho Ortigão) quanto a personagens fictícias. Dentre as 16 cartas, nove são dirigidas a mulheres, sendo que Madame Jouarre recebe cinto cartas, Clara recebe três e Madame S., uma. Ao que tudo indica, todas as personagens femininas são fictícias.
Na carta a Madame S., Fradique defende o uso da língua materna, onde realmente reside o nacionalismo. Ele dá como exemplo a hilária história de sua tia, que ao viajar a países estrangeiros, recusava-se a falar outro idioma que não sua língua materna. Como ela gostava de comer ovos bem frescos, mesmo nos melhores hotéis abaixava no chão e imitava uma galinha. Conseguia, assim, comunicar-se perfeitamente.
Nas cartas a Madame Jouarre, Fradique discorre sobre diversos assuntos. Somente com ela que Fradique fala sobre seus sentimentos. Na primeira delas, ele diz querer conhecer uma moça com quem Madame Jouarre conversava em uma festa e exalta a jovem com grandes elogios. Em outras cartas, conta de sua estadia em Lisboa e de como a cidade está decadente e provinciano. Para ele, o futuro de Portugal tende à ruína. Na última delas, Fradique fala de um conhecido de ambos: Padre Salgueiro. Este padre agiria como se fosse um funcionário público: apenas cumpre suas obrigações de padre como se fosse uma profissão como qualquer outra. Seus discursos não têm emoção e nem inteligência.
As cartas direcionadas à Clara são típicas cartas românticas. Estas cartas surgem como um contraponto às demais. Nas outras, Fradique é uma personagem intelectual e distante, mas nestas direcionadas à Clara ele se dobra perante a moça e fala a ela com um sentimento amoroso exagerado. Porém, Fradique não tem intenção de se unir a moça, mas sim apenas viver o seu amor como um objeto de adoração. Mais do que a Clara, Fradique passa a impressão de amar a ideia de estar amando.
As demais cartas, todas endereçadas a personagens masculinas, tratam de assuntos como literatura, arte e política. Em uma delas, Fradique discursa sobre religião, comparando o Budismo e o Cristianismo. Para ele, as religiões são como qualquer outra manifestação própria de uma cultura: cada deus é inventado por um povo e serve como manifestação cultural desse povo.
Em outra, fala sobre a construção de uma estrada de ferro na Palestina. Para Fradique, a Terra Santa deveria ser mantida como está, como se fosse um museu a céu aberto para intelectuais. Não importa a qualidade de vida dos moradores de lá, contanto que tudo se mantenha intacto para o deleite dos turistas. Por fim, termina por criticar os jornais dizendo que estes só servem para reforçar as três coisas capazes de matar uma sociedade: a intolerância, o juízo ligeiro e a vaidade.
Referências:http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/correspondencia-fradique-mendes-resumo-obra-eca-queiros-698943.shtml
O Primo Basílio
Jorge e Luísa formam um jovem
casal pertencente à burguesia de Lisboa. Convivem com um círculo de amizades
formado, entre outros, pelo Conselheiro Acácio, homem apegado a convenções
sociais; Dona Felicidade, que nutre uma ardente paixão por ele; e Sebastião, o
melhor amigo de Jorge.
Jorge parte para uma viagem de
trabalho. Durante sua ausência, Luísa recebe a visita de um antigo namorado de
juventude, seu primo Basílio, residente em Paris. Admirado com a beleza da
moça, Basílio envolve Luísa em um jogo de sedução, que faz com que ela se
imagine vivendo uma das aventuras amorosas de suas leituras românticas. Eles se
tornam amantes, passando a trocar bilhetes e cartas de amor. Luísa encontra
estímulo na amiga Leopoldina, mulher casada, colecionadora de casos
extraconjugais. Toda a movimentação da casa é observada pela governanta
Juliana, sempre às voltas com planos de enriquecimento rápido.
Para escapar das desconfianças
dos vizinhos, o casal de amantes passa a se encontrar em um quarto alugado nos
subúrbios de Lisboa. A despeito da decrepitude decadente do lugar, chamam-no de
Paraíso. Ali, vivem tórridas
cenas de amor. Com o tempo, Luísa percebe um esfriamento na paixão de Basílio,
que passa a lhe tratar com certo desprezo.
Juliana se apodera de algumas
cartas trocadas entre os amantes e passa a chantagear a patroa. Luísa expõe um
plano de fuga a Basílio, mas este se recusa a segui-lo e retorna a Paris.
Jorge chega da viagem e Luísa
continua a sofrer o assédio de Juliana, que exige uma grande quantia em
dinheiro para devolver-lhe as cartas. Para conter seus ímpetos, Luísa se vê
obrigada a conceder à empregada uma série de privilégios: presenteia-lhe com
seus vestidos, deixa seu quarto mais confortável e chega até mesmo a
substituí-la em alguns serviços domésticos, sempre às escondidas do
marido.
Jorge se apercebe do que
acredita ser desprezo de Juliana pelo trabalho e resolve demiti-la. Juliana
exige o dinheiro da chantagem e Luísa apela então para Sebastião. Ele escuta
toda a história do adultério e fica horrorizado, mas resolve ajudar a amiga.
Vai até a casa de Jorge em um momento em que Juliana está só e, com ameaças de
prisão, obtém as cartas. Vendo escapar-lhe o sonho de enriquecimento, Juliana
tem uma síncope e morre. Sebastião entrega as cartas a Luísa.
Luísa adoece. Jorge apanha, em
meio à correspondência, uma carta de Basílio. Imaginando que a causa da doença
da esposa seja algum problema familiar de cujo conhecimento ela o poupa, Jorge
abre a carta. Nela, Basílio relembra os bons momentos passados no Paraíso. Quando
a esposa melhora, Jorge lhe mostra a carta de Basílio. Luísa sofre um choque e,
alguns dias depois, morre.
Referências: http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros/o-primo-basilio.html
Novelas Passionais.
Amor de Perdição e Amor de Salvação, são títulos de novelas portuguesas, do autor Camilo Castelo Branco. Amor de Perdição foi escrito em 1862 e, Amor de Salvação foi escrito em 1864. São romances do autor e, expoentes do romantismo em Portugal.
Amor de perdição
Simão Botelho era filho do corregedor Domingos Botelho, tinha um irmão mais velho, Manuel, com quem tivera algumas desavenças, e irmãs mais novas. Sua mãe chamava-se Rita e por vezes tinha uma atitude de soberba. Simão era um jovem que envergonhava a família. Suas amizades eram apenas com aqueles que pertenciam às classes mais pobres.E por tais atitudes desgostava muito a seus pais, eles na verdade nem sentiam amor pelo filho. Porém, passado um tempo Simão mudou totalmente. Não saía mais de casa, suas más amizades findaram, suas desordens também e passava seus dias em casa junto com Rita, sua irmã. A mudança no comportamento dele devia-se á sua paixão por Teresa Albuquerque, filha de Tadeu Albuquerque, haviam-se apaixonado, Simão e Teresa eram membros de famílias rivais. Moradores de casas vizinhas, em Viseu.Os jovens apaixonados, logo perceberam a impossibilidade da realização desse amor por meio do casamento, pois suas famílias eram inimigas. Pouco tempo depois começam sentir ódio por seus pais. Todavia mantêm um namoro silencioso através das janelas próximas. Ambas as famílias, desconfiadas, fazem tudo para combater a união amorosa.Tadeu de Albuquerque, pai de Teresa, ao descobrir o romance, trata de prometer a mão de sua filha a seu sobrinho Baltasar Coutinho. No entanto, a menina o negou até pelo facto de o seu primo a irrita muito e foi então que começaram as ameaças a Teresa, casava-se ou não seria mais considerada filha, seria mandada para um convento. Na casa de Simão, o pai, muito irritado com aquela paixão resolve pôr fim ao romance entre seu filho e Teresa, enviando o jovem Simão a Coimbra para concluir seus estudos, pretendia com isso sufocar o amor dos jovens pela distância.Simão, enlouquecido pela saudade de sua amada, decide ir a Viseu encontrar-se com Teresa. É hospedado pelo ferreiro João da Cruz, homem destemido, forte e fiel que devia favores a seu pai. Após uma tentativa falhada de se encontrar com Teresa Simão sai ferido. O rapaz busca refúgio na casa de João da Cruz para recuperar, dos ferimentos.Os amantes ainda mantinham comunicação por meio de uma velha mendiga que passava com frequência sob a janela do quarto de Teresa. Para castigar a filha, Tadeu de Albuquerque decide mandá-la para um convento do Porto. Antes, porém, a jovem é recolhida num convento na própria cidade de Viseu, enquanto Tadeu aguardava a resposta do Porto.Em Viseu, na casa do ferreiro, Mariana, filha do ferreiro acaba por se apaixonar por Simão, amor esse não revelado pela moça.Simão ao tomar conhecimento dos factos, fica furioso e, num acesso incontido de raiva, decide tentar raptar Teresa.O jovem defronta-se com Baltasar, na tentativa de resgatar Teresa. Mesmo diante de várias testemunhas o jovem Simão atinge Baltasar com um tiro mortal.Simão é preso e condenado à morte. Porém, devido à interferência do corregedor Domingos Botelho, pai de Simão, a pena é convertida ao degredo nas Índias.A sentença do desterro sai, Simão é condenado a ficar dez anos na Índia.Teresa começa a ter sua saúde abalada, cada vez mais triste e muito magoada, parece ter perdido a vontade de viver.Ao embarcar rumo à Índia, Simão vê, pela última vez no mirante do convento Teresa.Também Teresa contempla o navio que levava seu amado. Logo após, Teresa morre. Simão, antes de seguir seu destino, toma conhecimento da morte de Teresa e segue rumo ao degredo.Relê cartas de Teresa, seu corpo vai sendo consumido pela morte.Alguns dias após o início da viagem, Simão adoeceu, tinha febres e delírios, Simão morre. Mariana, não resistindo à perda de Simão, no momento em que vão lançar o corpo ao mar, lança-se ao mar também.
Referências: http://anasarajulia.blogspot.com.br/2008/12/amor-de-perdio-de-camilo-castelo-branco_10.html
Amor de Salvação
Afonso e Teodora foram prometidos um ao outro,
por suas mães que eram amigas desde os tempos em que estudavam num convento.
Após a morte da mãe, Teodora vai para um convento e tem como tutor seu tio,
pai de Eleutério Romão. Teodora e Afonso estão sempre em contato aguardando o
tempo certo para casarem.
Afonso resolve estudar fora por dois anos. Teodora
influenciada pela amiga Libana quer casar-se o mais rápido possível. A mãe de
Afonso, D. Eulália, pede-lhe para aguardar. Mas com a saída de Libana do
convento Teodora se desespera e resolve casar-se com seu primo, Eleutério,
para libertar-se das grades do convento.
Eleutério era o oposto a beleza de
Teodora, era rude e vestia-se de forma hilariante. Apesar da grande tentativa
de seu tio, o padre Hilário, em ensinar-lhe a ler, nada conseguiu.
Vencido
pela incapacidade de seu sobrinho, Padre Hilário desistiu afirmando que
somente através de uma fresta no cérebro, aberta a machado, seria possível tal
façanha.
Teodora viveu em pompas, trajes de sedas, cavalos, bailes, etc., mas
nunca esquecera Afonso, enviava-lhe cartas de amor mas nunca obtivera
resposta.
Afonso sofreu muito com a notícia do casamento de Teodora, pediu a
mãe permissão para se ausentar de Portugal. Contava sempre com o apoio e o
consolo das cartas de sua mãe e sua prima Mafalda, que o amava pacientemente.
Após anos de amargura, sofrimento e luta contendo-se diante das cartas de
Teodora, para não fugir aos ensinamentos religiosos aos quais sua mãe o
educou, foi fulminado pela influencia do amigo José de Noronha que o
incentivou a escrever à Teodora. Relutou mas não conseguiu.
A tal carta foi
cair nas mãos de Eleutério, leu mas nada entendeu. Pediu então a um amigo
ajuda para interpretá-la. A carta acabou sendo rasgada por Fernão de
Teive,
dando a desculpa de serem grandes sandices, após junto com sua filha Mafalda,
reconhecer as intenções do remetente, seu sobrinho Afonso de Teive. Não
conformado Afonso parte ao encontro de Teodora.
Eleutério quando os encontra
juntos, pede-lhes explicações. Teodora responde-lhe que é uma mulher livre a
partir daquele momento, e vai viver com Afonso. Passam momentos,
ilusoriamente, felizes. Afonso abandona até a sua própria mãe para viver
ardentemente esta paixão que sempre o consumiu.
Sua mãe sempre afetuosa,
apesar da grande tristeza, sustenta a vida luxuosa que Afonso tem ao lado de
Teodora . Afonso quando fica sabendo da morte de sua mãe, através de carta
escrita por Mafalda, se desespera.
Teodora tenta consolá-lo, mas ele sente em
suas palavras ironia e sente nojo de tamanho fingimento.
Procura isolar-se de
Teodora e dos amigos. Durante este período, Tranqueira, velho criado da
família, alerta-o sobre as intenções do amigo José de Noronha por Teodora. No
início se revolta contra o criado, mas acaba escutando-o e passa a
observá-los.
Encontra umas cartas que confirmam as suspeitas. Certo dia os
pega juntinhos com gestos de muita familiaridade. Aborrece-se pede para que
Noronha saia de sua casa. Teodora dissimulada como sempre, tenta enganá-lo,
mas ele atira-lhe as cartas.
Teodora desmaia enquanto Tranqueira derruba
Noronha na cisterna para vingar seu patrão. Afonso passa alguns dias fora de
casa, quando retorna encontra uma carta de Toedora informando os pertences que
havia levado consigo. Apesar de traído sente saudade da encantadora Teodora.
Vende tudo e parte para Paris atrás de um amor que o salve. Gasta tudo o que
tem.
Por fim, pede ao seu tio Fernão para comprar-lhe a casa onde viveram seus
pais e avós, pois não queria ofender a memória de sua mãe que o havia
pedido, em carta antes morrer que não a vendesse.
Mafalda com seu coração
generoso e cheio de amor pelo primo, pede a seu pai que o atenda, e este assim
o faz mas, com a condição de que a casa continuaria sendo de Afonso.
Afonso
afunda-se cada vez mais em seus vícios e extravagâncias a ponto de querer
suicidar-se. Tranqueira, que nunca o abandonou, percebeu sua intenção e
disse-lhe severas palavras que o livraram de tamanha loucura. Mudou de vida,
passou a trabalhar e a estudar com apoio de seu criado.
Fernão de Teive
adoece, e prestes a morrer pede ao padre Joaquim que vá a Paris entregar a
Afonso, os documentos de propriedade da casa a qual comprara, apenas com
intuito de ajudar o sobrinho.
Após a morte de Fernão, Mafalda sentindo-se
sozinha, resolve viajar com o padre Joaquim para Paris com a objetivo de
juntar-se as irmãs de caridade. Quando o padre Joaquim encontra Afonso e
conta-lhe da morte do tio, este chora e corre ao encontro da prima que ficara
em uma hospedaria.
Mafalda conta ao primo sua decisão, mas padre Joaquim
pede-lhes, pelo amor de Deus, que ao invés disso, casem-se. Afonso aceitou de
imediato e agradeceu à Deus por ter ouvido os pedidos de suas mães.
Afonso e
Mafalda voltaram para sua cidade, casaram-se, tiveram oito filhos e foram
muito felizes. Apesar do título “Amor de Salvação” a novela relata em quase
toda sua extensão, um “amor de perdição” entre Afonso de Teive e Teodora
Palmira.
Ao “amor de salvação”, Mafalda, são dedicadas somente as ultimas
páginas do romance.
Referências: http://www.resumosdelivros.com.br/c/camilo-castelo-branco/amor-de-salvacao/
Referências: http://www.resumosdelivros.com.br/c/camilo-castelo-branco/amor-de-salvacao/
Literatura e Cinema.
Romeu e Julieta
A história se passa nos anos de
1591 e 1595, onde o escritor William Shakespeare conta a tragédia de um casal
adolescente que suas famílias são unidas após a morte e ao mesmo tempo estão em
divergência por conta inimizade histórica entre a família Montecchio e a
família Capuleto.
A história tem
como cenário a cidade de Verona na Itália. Romeu e Julieta vieram a se
apaixonar numa festa na casa dos Capuletos, na qual Romeu entrava como intruso,
mesmo percebendo a sua presença o Sr.Capuleto não se incomodou, pois tinha
grande admiração pela imagem do jovem Montechios. Romeu e Julieta,
impulsionados por uma grande paixão, se casaram as escondidas.
Mas a tragédia
assolava a historia do casal, pois quando tudo parecia se encaminhar bem Romeu
se envolve sem querer em uma briga com o primo de Julieta, Tebaldo, que ao
descobrir a presença do Montecchio na festa de seus tios, planeja uma revanche
contra ele. A princípio o jovem não aceita provocações, mas seu amigo Mercúcio
confronta o adversário e é morto por ele, o que provoca a revolta de Romeu, o
qual mata Tebaldo para se vingar. Essa faz com que o Príncipe da cidade exile
Romeu.
O pai de Julieta,
sem saber da união de sua filha com o inimigo, arranja o casamento para Julieta
com Páris. O padre a convence a aceitar o matrimônio, mas elabora um plano.
Pouco antes do ato do casamento Julieta deve ingerir uma poção feita pelo
padre; o efeito da poção fará com que ela seja considerada morta.
Romeu seria
avisado e retornaria para retirar Julieta do jazigo dos Capuleto assim que ela
despertasse. Porém Romeu descobre o ocorrido antes de ser notificado pelo
padre. Desesperado, ele adquire uma poção venenosa e, na sepultura onde se
encontra a amada, ingere o liquido do frasco e morre junto à Julieta.
A jovem, ao
acordar, encontra Romeu ali morto e com o punhal roubado de Romeu, se mata. Os
dois são encontrados juntos, mortos, para desespero dos familiares. Tristes com
a tragédia, as famílias se reconciliam definitivamente.
Referência: http://prejudicepride.blogspot.com.br/2013/11/resumo-do-livro-romeu-e-julieta-william.html
A história é centrada na tragédia do corcunda Quasímodo e da cigana Esmeralda.
Esmeralda era uma bela cigana que dançava nas ruas e realizando truques com uma cabra. Sua imensa beleza transtorna o arquidiácono Frollo que ordena o sineiro, o disforme Quasímodo, rapte a cigana. O arcediácono era a única pessoa que Quasímodo conhecia e o amava a ponto de fazer tudo o que lhe fosse pedido, no entanto os planos de Frollo foram frustrados por causa do Capitão Febo, que surgiu com seus soldados prendendo o sineiro e salvando a cigana.
Quasímodo foi atado ajoelhado a uma roda e chicoteado. Com os olhos semiaberto ele viu o arquidiácono vir em sua direção e sorrir. Ele estava convicto de que o sacerdote o salvaria, mas ao invés disto Frollo desaparece em meio a multidão. Mais tarde ao clamar desesperadamente por água, as pessoas que o rodeavam riram e lançaram pedras contra ele. Porém Esmeralda surge com uma xícara de água comovendo-o profundamente.
Ao se reencontrar com o capitão Febo, a cigana demonstra a este todo o sentimento que vinha nutrindo em relação a ele desde o seu salvamento. Apesar de casado, o capitão marca o um encontro com Esmeralda em um local fechado e ao se aproximar para beijá-la é apunhalado por Frollo, que havia seguido-o. Acusada pelo assassinato, a cigana é levada para prisão sentenciada a pena de morte.
Ao ser levada em praça pública para seu enforcamento, Quasímodo surge prontamente por uma corda levando-a para Catedral, onde estariam seguros pela lei de abrigo. Gringorie, um poeta com quem a cigana havia forjado um casamento, planeja salvá-la com a ajuda de vagabundos que simpatizavam-se por ela. Quando os vagabundos surgem para salvá-la acabam sendo atacados por Quasímodo, cujo o porte e a força descomunal permitem-no que lute sozinho, até o instante em que os soldados do rei chegam amedrontando-os e fazendo-os desaparecer.
Em meio ao tumulto, Frollo aproveita para fugir com Esmeralda e tentar seduzi-la. Enfurecido com sua recusa, o arquidiácono a abandona e ao ser encontrada pelos soldados é encaminhada novamente para execução. Do alto da catedral Quasímodo e Frollo assistiram a execução e ao ver o sacerdote sorrindo, o sineiro se enfurece empurrando-o telhado abaixo e desaparecendo para sempre. Muito tempo depois enquanto os soldados procuravam por um corpo qualquer, no local onde Esmeralda havia sido sepultada, são encontrados dois esqueletos abraçados, um deles com uma deformidade eminente nas costas. O homem a quem esse esqueleto pertencia viera até ali e ali morrera abraçado a jovem. Na tentativa de desprende-lo do esqueleto a que se abraçava, desfizeram-se ambos em pó.
Referências: https://garotasdejales.wordpress.com/2014/08/27/resumo-o-corcunda-de-notre-dame/
Na Europa do século XII, Philippe Gaston, "O Rato" (Matthew Broderick), é um ladrão condenado a execução que escapa das masmorras de Áquila, através dos esgotos, e foge para o campo. O Bispo de Áquila (John Wood) envia o seu Capitão da Guarda Marquet (Ken Hutchison) para caçar Phillipe; ele e seus soldados encontram Philippe, mas são frustrados por um misterioso cavaleiro negro que revela ser seu ex-capitão, Etienne de Navarre (Rutger Hauer), viajando com um falcão belo e dedicado. Marquet avisa ao Bispo sobre o retorno de Navarre, que entre outras coisas solicita a convocação de Cezar (Alfred Molina), o caçador de lobos.
Navarre diz a Philippe por que o salvou: ele precisa de um conhecimento que é único de Philippe, para levá-lo para dentro de Áquila e matar o Bispo. Enquanto viajam, Philippe se torna ciente de eventos misteriosos e assustadores que os rodeiam, incluindo o aparecimento a noite de um lobo negro e de uma mulher notavelmente linda (Michelle Pfeiffer), a qual não teme o lobo.
Navarre e o falcão são feridos em outro encontro com os homens do Bispo; Navarre envia o falcão com Philippe ao velho monge Imperius (Leo McKern), para curá-la. No castelo em ruínas, Philippe finalmente percebe a verdade, a qual é confirmada por Imperius: o falcão é uma mulher chamada Isabeau d'Anjou (Michelle Pfeiffer), que veio viver em Aquila depois que seu pai morreu em Antioquia (veja A Primeira Cruzada). Todos os que a viam apaixonavam-se por ela, inclusive o poderoso e corrupto Bispo. Mas Isabeau já amava o capitão da Guarda dele, Etienne Navarre, com quem ela secretamente se encontravam sem ninguém saberr.
Acidentalmente traídos por seu confessor, Imperius, eles fugiram. Em seu ciúme doentio, o Bispo fez um pacto demoníaco para garantir que eles estariam "Sempre juntos, eternamente separados": durante o dia Isabeau transforma-se num falcão, de noite Navarre se transforma em um lobo negro. Nenhum deles tem qualquer memória da sua meia-vida em forma de animal, somente no anoitecer e no amanhecer de cada dia eles podem ver um ao outro em forma humana por um momento fugaz, mas nunca podem tocar-se.
Em desespero Navarre planeja matar o Bispo, ou morrer na tentativa, tornando a maldição irrevogável. Mas Imperius descobriu uma maneira de quebrar a maldição: ele e Philippe têm que convencer os amantes a tentar. Se eles conseguirem vencer as aventuras que lhes ocorreram (incluindo um encontro com Cezar), no prazo de três dias, um eclipse solar em Aquila vai criar "um dia sem noite e uma noite sem dia": quando os amantes estiverem juntos em forma humana diante do Bispo, a maldição será quebrada.
O Corcunda de Notre Dame
A história é centrada na tragédia do corcunda Quasímodo e da cigana Esmeralda.
Esmeralda era uma bela cigana que dançava nas ruas e realizando truques com uma cabra. Sua imensa beleza transtorna o arquidiácono Frollo que ordena o sineiro, o disforme Quasímodo, rapte a cigana. O arcediácono era a única pessoa que Quasímodo conhecia e o amava a ponto de fazer tudo o que lhe fosse pedido, no entanto os planos de Frollo foram frustrados por causa do Capitão Febo, que surgiu com seus soldados prendendo o sineiro e salvando a cigana.
Quasímodo foi atado ajoelhado a uma roda e chicoteado. Com os olhos semiaberto ele viu o arquidiácono vir em sua direção e sorrir. Ele estava convicto de que o sacerdote o salvaria, mas ao invés disto Frollo desaparece em meio a multidão. Mais tarde ao clamar desesperadamente por água, as pessoas que o rodeavam riram e lançaram pedras contra ele. Porém Esmeralda surge com uma xícara de água comovendo-o profundamente.
Ao se reencontrar com o capitão Febo, a cigana demonstra a este todo o sentimento que vinha nutrindo em relação a ele desde o seu salvamento. Apesar de casado, o capitão marca o um encontro com Esmeralda em um local fechado e ao se aproximar para beijá-la é apunhalado por Frollo, que havia seguido-o. Acusada pelo assassinato, a cigana é levada para prisão sentenciada a pena de morte.
Ao ser levada em praça pública para seu enforcamento, Quasímodo surge prontamente por uma corda levando-a para Catedral, onde estariam seguros pela lei de abrigo. Gringorie, um poeta com quem a cigana havia forjado um casamento, planeja salvá-la com a ajuda de vagabundos que simpatizavam-se por ela. Quando os vagabundos surgem para salvá-la acabam sendo atacados por Quasímodo, cujo o porte e a força descomunal permitem-no que lute sozinho, até o instante em que os soldados do rei chegam amedrontando-os e fazendo-os desaparecer.
Em meio ao tumulto, Frollo aproveita para fugir com Esmeralda e tentar seduzi-la. Enfurecido com sua recusa, o arquidiácono a abandona e ao ser encontrada pelos soldados é encaminhada novamente para execução. Do alto da catedral Quasímodo e Frollo assistiram a execução e ao ver o sacerdote sorrindo, o sineiro se enfurece empurrando-o telhado abaixo e desaparecendo para sempre. Muito tempo depois enquanto os soldados procuravam por um corpo qualquer, no local onde Esmeralda havia sido sepultada, são encontrados dois esqueletos abraçados, um deles com uma deformidade eminente nas costas. O homem a quem esse esqueleto pertencia viera até ali e ali morrera abraçado a jovem. Na tentativa de desprende-lo do esqueleto a que se abraçava, desfizeram-se ambos em pó.
Referências: https://garotasdejales.wordpress.com/2014/08/27/resumo-o-corcunda-de-notre-dame/
O Feitiço de Áquila
Na Europa do século XII, Philippe Gaston, "O Rato" (Matthew Broderick), é um ladrão condenado a execução que escapa das masmorras de Áquila, através dos esgotos, e foge para o campo. O Bispo de Áquila (John Wood) envia o seu Capitão da Guarda Marquet (Ken Hutchison) para caçar Phillipe; ele e seus soldados encontram Philippe, mas são frustrados por um misterioso cavaleiro negro que revela ser seu ex-capitão, Etienne de Navarre (Rutger Hauer), viajando com um falcão belo e dedicado. Marquet avisa ao Bispo sobre o retorno de Navarre, que entre outras coisas solicita a convocação de Cezar (Alfred Molina), o caçador de lobos.
Navarre diz a Philippe por que o salvou: ele precisa de um conhecimento que é único de Philippe, para levá-lo para dentro de Áquila e matar o Bispo. Enquanto viajam, Philippe se torna ciente de eventos misteriosos e assustadores que os rodeiam, incluindo o aparecimento a noite de um lobo negro e de uma mulher notavelmente linda (Michelle Pfeiffer), a qual não teme o lobo.
Navarre e o falcão são feridos em outro encontro com os homens do Bispo; Navarre envia o falcão com Philippe ao velho monge Imperius (Leo McKern), para curá-la. No castelo em ruínas, Philippe finalmente percebe a verdade, a qual é confirmada por Imperius: o falcão é uma mulher chamada Isabeau d'Anjou (Michelle Pfeiffer), que veio viver em Aquila depois que seu pai morreu em Antioquia (veja A Primeira Cruzada). Todos os que a viam apaixonavam-se por ela, inclusive o poderoso e corrupto Bispo. Mas Isabeau já amava o capitão da Guarda dele, Etienne Navarre, com quem ela secretamente se encontravam sem ninguém saberr.
Acidentalmente traídos por seu confessor, Imperius, eles fugiram. Em seu ciúme doentio, o Bispo fez um pacto demoníaco para garantir que eles estariam "Sempre juntos, eternamente separados": durante o dia Isabeau transforma-se num falcão, de noite Navarre se transforma em um lobo negro. Nenhum deles tem qualquer memória da sua meia-vida em forma de animal, somente no anoitecer e no amanhecer de cada dia eles podem ver um ao outro em forma humana por um momento fugaz, mas nunca podem tocar-se.
Em desespero Navarre planeja matar o Bispo, ou morrer na tentativa, tornando a maldição irrevogável. Mas Imperius descobriu uma maneira de quebrar a maldição: ele e Philippe têm que convencer os amantes a tentar. Se eles conseguirem vencer as aventuras que lhes ocorreram (incluindo um encontro com Cezar), no prazo de três dias, um eclipse solar em Aquila vai criar "um dia sem noite e uma noite sem dia": quando os amantes estiverem juntos em forma humana diante do Bispo, a maldição será quebrada.
Referências: https://pt.wikipedia.org/?title=Ladyhawke#Sinopse
Os Miseráveis
Após cumprir 19 anos de prisão com trabalhos forçados por ter roubado
comida, Jean Valjean (Liam Neeson) é acolhido por um gentil bispo (Peter
Vaughan), que lhe dá comida e abrigo. Mas havia tanto rancor na sua
alma que no meio da noite ele rouba a prataria e agride seu benfeitor,
mas quando Valjean é preso pela polícia com toda aquela prata ele é
levado até o bispo, que confirma a história de lhe ter dado a prataria e
ainda pergunta por qual motivo ele esqueceu os castiçais, que devem
valer pelo menos dois mil francos. Este gesto extremamente nobre do
religioso devolve a fé que aquele homem amargurado tinha perdido. Após
nove anos ele se torna prefeito e principal empresário em uma pequena
cidade, mas sua paz acaba quando Javert (Geoffrey Rush), um guarda da
prisão que segue a lei inflexivelmente, tem praticamente certeza de que o
prefeito é o ex-prisioneiro que nunca se apresentou para cumprir as
exigências do livramento condicional. A penalidade para esta falta é
prisão perpétua, mas ele não consegue provar que o prefeito e Jean
Valjean são a mesma pessoa. Neste meio tempo uma das empregadas de
Valjean (que tem uma filha que é cuidada por terceiros) é despedida, se
vê obrigada a se prostituir e é presa. Seu ex-patrão descobre o que
acontecera, usa sua autoridade para libertá-la e a acolhe em sua casa,
pois ela está muito doente. Sentindo que ela pode morrer ele promete
cuidar da filha, mas antes de pegar a criança sente-se obrigado a
revelar sua identidade para evitar que um prisioneiro, que acreditavam
ser ele, não fosse preso no seu lugar. Deste momento em diante Javert
volta a perseguí-lo, a mãe da menina morre mas sua filha é resgatada por
Valjean, que foge com a menina enquanto é perseguido através dos anos
pelo implacável Javert.
Referências: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-17869/
terça-feira, 14 de abril de 2015
Hagiografia de São Cosme e São Damião.
Hagiografia
"Hagiografia é um tipo de biografia, dentro do hagiológio, que consiste na descrição da vida de algum santo, beato e servos de Deus proclamados por algumas igrejas cristãs, sobretudo pela Igreja Católica, pela sua vida e pela prática de virtudes heróicas."
"Hagiografia vem do grego: hagios, santo; graphía, escrever. O termo originou-se por volta do século XVII, com objetivo de sistematizar os diversos escritos a respeito dos santos objeto da veneração dos fiéis."
Hagiografia de São Cosme e São Damião.
São considerados Santos e mártires do Império Romano, no século IV, por isso a igreja celebra a memória deles. Os Santos Cosme e Damião, foram martirizados em Círo ( na Síria ) durante a perseguição de Diocleciano.
Segundo a tradição, São Cosme e São Damião, eram médicos que curavam as efemeridades, não só das pessoas, mas também dos animais, através dos seus saberes e milagres propiciados por suas orações. Faziam tudo gratuitamente, não aceitando nenhum pagamento, sendo assim foram chamados de anargiras.
Quando a perseguição de Diocleciano começou, o prefeito Lísias mandou prender Cosme e Damião ordenando-lhes que se retratassem. Eles mantiveram sobre constantes torturas e, de forma milagrosa não sofriam nenhum ferimento por água, fogo, ar, nem mesmo na cruz.
Devido à perseguição de Diocleciano, no ano 300 da Fé Cristã, foram presos por serem considerados inimigos dos deuses e acusados de usar feitiçarias e meios diabólicos para disfarçar as curas. Tendo em vista esta acusação, a resposta deles eram sempre:
"Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo e pelo seu poder!"
São Cosme e São Damião, jamais abandonaram a Fé Cristã, e foram decapitados em 27 de setembro do ano 300.
Portanto, São Cosme e São Damião, são considerados os padroeiros dos médicos, farmacêuticos e das faculdades de medicina.
Referências:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cosme_e_Dami%C3%A3o#cite_note-ARRUDA-4, acesso em 14/04/15.
http://formacao.cancaonova.com/igreja/santos/a-verdadeira-historia-de-sao-cosme-e-sao-damiao-martires/ acesso em 15/04/15.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hagiografia, acesso em 14/04/15.
segunda-feira, 13 de abril de 2015
Análise do Poema " Este Inferno de Amar", de Almeida Garrett
Este Inferno de Amar
Este inferno de amar - como eu amo! -Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida - e que a vida destrói -
Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há-de ela apagar?
Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... - foi um sonho -
Em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! despertar?
Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? eu que fiz? - Não no sei;
Mas nessa hora a viver comecei...
( Almeida Garrett. In: Lírica Completa, 1971).
Atividade
1) Aponte as características românticas presentes no texto; exemplifique com palavras ou expressões nele constantes.
Percebe-se no texto, características do romantismo como sentimentalismo, sonho e fuga da realidade, como mostra o seguinte fragmento:
" A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... -foi um sonho-"
Nesse fragmento o " eu- lírico", lembra o tempo em que o amor era apenas um sonho.
2) Transcreva uma antítese presente no texto.
" Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há de apagar?"
Nesses versos tem-se uma antítese, a qual consiste na aproximação de palavras que se opõem pelo sentido.
3) O texto trabalha com o presente e com o passado. Como o passado é caracterizado? E o presente?
O passado é caracterizado como um sofrimento, o inferno, enquanto no presente representa o amor como sonho, o sonhar era doce e feliz.
4) Qual a grande conclusão a que chega o poeta?
A paixão do "eu- lírico " se concretiza, ele começa a viver de forma real, porém de forma confusa.
5) Você concorda que a ideia do AMOR está sempre ligada a ideia de sofrimento? Justifique sua resposta.
Concordo em partes. Porque quando o amor é recíproco nos leva a sensação de prazer, encanto e felicidade, ao contrário machuca, dói, causando assim o sofrimento.
6) Analise o poema ( com sua própria leitura ).
O poema " Este Inferno de Amar", de Almeida Garrett, é composto por três estrofes, contendo seis versos em cada estrofe. O poema possui versos livres e melodiosos típicos do romantismo.
Percebe-se, no poema, uma ideia contrária daquilo que temos por amor, uma vez que, temos a convicção que o amor nos da sensação de prazer, felicidade e encanto, enquanto para o " eu- lírico", amar é um inferno. Percebe-se também no poema, a confusão dos sentimentos do amante.
terça-feira, 31 de março de 2015
Seja Bem-Vindo!
Olá, galera!
Este espaço está reservado para aprofundarmos no mundo da Literatura Portuguesa.
Faremos muitas leituras que vão aprimorar os nossos conhecimentos no universo das artes literárias.
Abraços!
Bruna Muniz.
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