Amor de Perdição e Amor de Salvação, são títulos de novelas portuguesas, do autor Camilo Castelo Branco. Amor de Perdição foi escrito em 1862 e, Amor de Salvação foi escrito em 1864. São romances do autor e, expoentes do romantismo em Portugal.
Amor de perdição
Simão Botelho era filho do corregedor Domingos Botelho, tinha um irmão mais velho, Manuel, com quem tivera algumas desavenças, e irmãs mais novas. Sua mãe chamava-se Rita e por vezes tinha uma atitude de soberba. Simão era um jovem que envergonhava a família. Suas amizades eram apenas com aqueles que pertenciam às classes mais pobres.E por tais atitudes desgostava muito a seus pais, eles na verdade nem sentiam amor pelo filho. Porém, passado um tempo Simão mudou totalmente. Não saía mais de casa, suas más amizades findaram, suas desordens também e passava seus dias em casa junto com Rita, sua irmã. A mudança no comportamento dele devia-se á sua paixão por Teresa Albuquerque, filha de Tadeu Albuquerque, haviam-se apaixonado, Simão e Teresa eram membros de famílias rivais. Moradores de casas vizinhas, em Viseu.Os jovens apaixonados, logo perceberam a impossibilidade da realização desse amor por meio do casamento, pois suas famílias eram inimigas. Pouco tempo depois começam sentir ódio por seus pais. Todavia mantêm um namoro silencioso através das janelas próximas. Ambas as famílias, desconfiadas, fazem tudo para combater a união amorosa.Tadeu de Albuquerque, pai de Teresa, ao descobrir o romance, trata de prometer a mão de sua filha a seu sobrinho Baltasar Coutinho. No entanto, a menina o negou até pelo facto de o seu primo a irrita muito e foi então que começaram as ameaças a Teresa, casava-se ou não seria mais considerada filha, seria mandada para um convento. Na casa de Simão, o pai, muito irritado com aquela paixão resolve pôr fim ao romance entre seu filho e Teresa, enviando o jovem Simão a Coimbra para concluir seus estudos, pretendia com isso sufocar o amor dos jovens pela distância.Simão, enlouquecido pela saudade de sua amada, decide ir a Viseu encontrar-se com Teresa. É hospedado pelo ferreiro João da Cruz, homem destemido, forte e fiel que devia favores a seu pai. Após uma tentativa falhada de se encontrar com Teresa Simão sai ferido. O rapaz busca refúgio na casa de João da Cruz para recuperar, dos ferimentos.Os amantes ainda mantinham comunicação por meio de uma velha mendiga que passava com frequência sob a janela do quarto de Teresa. Para castigar a filha, Tadeu de Albuquerque decide mandá-la para um convento do Porto. Antes, porém, a jovem é recolhida num convento na própria cidade de Viseu, enquanto Tadeu aguardava a resposta do Porto.Em Viseu, na casa do ferreiro, Mariana, filha do ferreiro acaba por se apaixonar por Simão, amor esse não revelado pela moça.Simão ao tomar conhecimento dos factos, fica furioso e, num acesso incontido de raiva, decide tentar raptar Teresa.O jovem defronta-se com Baltasar, na tentativa de resgatar Teresa. Mesmo diante de várias testemunhas o jovem Simão atinge Baltasar com um tiro mortal.Simão é preso e condenado à morte. Porém, devido à interferência do corregedor Domingos Botelho, pai de Simão, a pena é convertida ao degredo nas Índias.A sentença do desterro sai, Simão é condenado a ficar dez anos na Índia.Teresa começa a ter sua saúde abalada, cada vez mais triste e muito magoada, parece ter perdido a vontade de viver.Ao embarcar rumo à Índia, Simão vê, pela última vez no mirante do convento Teresa.Também Teresa contempla o navio que levava seu amado. Logo após, Teresa morre. Simão, antes de seguir seu destino, toma conhecimento da morte de Teresa e segue rumo ao degredo.Relê cartas de Teresa, seu corpo vai sendo consumido pela morte.Alguns dias após o início da viagem, Simão adoeceu, tinha febres e delírios, Simão morre. Mariana, não resistindo à perda de Simão, no momento em que vão lançar o corpo ao mar, lança-se ao mar também.
Referências: http://anasarajulia.blogspot.com.br/2008/12/amor-de-perdio-de-camilo-castelo-branco_10.html
Amor de Salvação
Afonso e Teodora foram prometidos um ao outro,
por suas mães que eram amigas desde os tempos em que estudavam num convento.
Após a morte da mãe, Teodora vai para um convento e tem como tutor seu tio,
pai de Eleutério Romão. Teodora e Afonso estão sempre em contato aguardando o
tempo certo para casarem.
Afonso resolve estudar fora por dois anos. Teodora
influenciada pela amiga Libana quer casar-se o mais rápido possível. A mãe de
Afonso, D. Eulália, pede-lhe para aguardar. Mas com a saída de Libana do
convento Teodora se desespera e resolve casar-se com seu primo, Eleutério,
para libertar-se das grades do convento.
Eleutério era o oposto a beleza de
Teodora, era rude e vestia-se de forma hilariante. Apesar da grande tentativa
de seu tio, o padre Hilário, em ensinar-lhe a ler, nada conseguiu.
Vencido
pela incapacidade de seu sobrinho, Padre Hilário desistiu afirmando que
somente através de uma fresta no cérebro, aberta a machado, seria possível tal
façanha.
Teodora viveu em pompas, trajes de sedas, cavalos, bailes, etc., mas
nunca esquecera Afonso, enviava-lhe cartas de amor mas nunca obtivera
resposta.
Afonso sofreu muito com a notícia do casamento de Teodora, pediu a
mãe permissão para se ausentar de Portugal. Contava sempre com o apoio e o
consolo das cartas de sua mãe e sua prima Mafalda, que o amava pacientemente.
Após anos de amargura, sofrimento e luta contendo-se diante das cartas de
Teodora, para não fugir aos ensinamentos religiosos aos quais sua mãe o
educou, foi fulminado pela influencia do amigo José de Noronha que o
incentivou a escrever à Teodora. Relutou mas não conseguiu.
A tal carta foi
cair nas mãos de Eleutério, leu mas nada entendeu. Pediu então a um amigo
ajuda para interpretá-la. A carta acabou sendo rasgada por Fernão de
Teive,
dando a desculpa de serem grandes sandices, após junto com sua filha Mafalda,
reconhecer as intenções do remetente, seu sobrinho Afonso de Teive. Não
conformado Afonso parte ao encontro de Teodora.
Eleutério quando os encontra
juntos, pede-lhes explicações. Teodora responde-lhe que é uma mulher livre a
partir daquele momento, e vai viver com Afonso. Passam momentos,
ilusoriamente, felizes. Afonso abandona até a sua própria mãe para viver
ardentemente esta paixão que sempre o consumiu.
Sua mãe sempre afetuosa,
apesar da grande tristeza, sustenta a vida luxuosa que Afonso tem ao lado de
Teodora . Afonso quando fica sabendo da morte de sua mãe, através de carta
escrita por Mafalda, se desespera.
Teodora tenta consolá-lo, mas ele sente em
suas palavras ironia e sente nojo de tamanho fingimento.
Procura isolar-se de
Teodora e dos amigos. Durante este período, Tranqueira, velho criado da
família, alerta-o sobre as intenções do amigo José de Noronha por Teodora. No
início se revolta contra o criado, mas acaba escutando-o e passa a
observá-los.
Encontra umas cartas que confirmam as suspeitas. Certo dia os
pega juntinhos com gestos de muita familiaridade. Aborrece-se pede para que
Noronha saia de sua casa. Teodora dissimulada como sempre, tenta enganá-lo,
mas ele atira-lhe as cartas.
Teodora desmaia enquanto Tranqueira derruba
Noronha na cisterna para vingar seu patrão. Afonso passa alguns dias fora de
casa, quando retorna encontra uma carta de Toedora informando os pertences que
havia levado consigo. Apesar de traído sente saudade da encantadora Teodora.
Vende tudo e parte para Paris atrás de um amor que o salve. Gasta tudo o que
tem.
Por fim, pede ao seu tio Fernão para comprar-lhe a casa onde viveram seus
pais e avós, pois não queria ofender a memória de sua mãe que o havia
pedido, em carta antes morrer que não a vendesse.
Mafalda com seu coração
generoso e cheio de amor pelo primo, pede a seu pai que o atenda, e este assim
o faz mas, com a condição de que a casa continuaria sendo de Afonso.
Afonso
afunda-se cada vez mais em seus vícios e extravagâncias a ponto de querer
suicidar-se. Tranqueira, que nunca o abandonou, percebeu sua intenção e
disse-lhe severas palavras que o livraram de tamanha loucura. Mudou de vida,
passou a trabalhar e a estudar com apoio de seu criado.
Fernão de Teive
adoece, e prestes a morrer pede ao padre Joaquim que vá a Paris entregar a
Afonso, os documentos de propriedade da casa a qual comprara, apenas com
intuito de ajudar o sobrinho.
Após a morte de Fernão, Mafalda sentindo-se
sozinha, resolve viajar com o padre Joaquim para Paris com a objetivo de
juntar-se as irmãs de caridade. Quando o padre Joaquim encontra Afonso e
conta-lhe da morte do tio, este chora e corre ao encontro da prima que ficara
em uma hospedaria.
Mafalda conta ao primo sua decisão, mas padre Joaquim
pede-lhes, pelo amor de Deus, que ao invés disso, casem-se. Afonso aceitou de
imediato e agradeceu à Deus por ter ouvido os pedidos de suas mães.
Afonso e
Mafalda voltaram para sua cidade, casaram-se, tiveram oito filhos e foram
muito felizes. Apesar do título “Amor de Salvação” a novela relata em quase
toda sua extensão, um “amor de perdição” entre Afonso de Teive e Teodora
Palmira.
Ao “amor de salvação”, Mafalda, são dedicadas somente as ultimas
páginas do romance.
Referências: http://www.resumosdelivros.com.br/c/camilo-castelo-branco/amor-de-salvacao/
Referências: http://www.resumosdelivros.com.br/c/camilo-castelo-branco/amor-de-salvacao/
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