domingo, 21 de junho de 2015

Poema "Barca Bela", de Almeida Garrett.


BARCA BELA
Pescador da barca bela,
Onde vais pescar com ela.
Que é tão bela,
Oh pescador?

Não vês que a última estrela
No céu nublado se vela?
Colhe a vela,
Oh pescador!

Deita o lanço com cautela,
Que a sereia canta bela...
Mas cautela,
Oh pescador!

Não se enrede a rede nela,
Que perdido é remo e vela,
Só de vê-la,
Oh pescador.

Pescador da barca bela,
Inda é tempo, foge dela
Foge dela
Oh pescador!


© Almeida Garrett
In Folhas Caídas, 1853 


Obras de Eça de Queirós.

 
A obra de Eça de Queirós, sem dúvida a melhor prosa de todo o Realismo português, tem sua produção mais relevante dividida em duas fases: a realista e a pós-realista.



A Correspondência de Fradique Mendes

Na primeira parte da obra, um narrador em primeira pessoa que se trata por "eu" apresenta a personagem Fradique Mendes. O narrador se encontra em um café em 1867 e lê em uma edição de "Revolução de Setembro", uma pequena coletânea de poemas chamada "Lapidárias", que seria de autoria de Fradique Mendes. Para o narrador, aquele seria um grande poeta extremamente original, com temas realmente novos e modernos. Ele elogia, então, sobre Baudelaire e Fradique.

Após isso entra em cena Marcos Vidigal, amigo dos tempos de faculdade do narrador, mas descrito como uma pessoa menor. Porém, para surpresa do narrador, Vidigal é parente de Fradique e promete apresenta-los. Vidigal torna-se, então, um narrador em primeira pessoa e conta toda a história de Fradique.

O poeta de "Lapidárias" teria sido filho de uma rica família dos Açores e recebido grande herança. Fradique é educado por sua madrinha, mulher de grande erudição e punho firme. Ele estuda Direito em Coimbra e, após a morte de sua madrinha, fica em Paris esperando a maioridade para receber sua herança. Livre e rico, participa de diversos acontecimentos históricos e trava contato, dentre outros, com Victor Hugo. Terminado o relato de Vidigal, volta o narrador em terceira pessoa.

O narrador é então apresentado a Fradique e a partir daí cria-se uma certa amizade. Os dois travam discussões sobre arte, literatura e questões sociais. Apesar de o narrador declarar que acha Fradique pedante, mantém sua admiração por ele, uma vez que trata-se de uma pessoa original e brilhante. Fradique e o narrador ainda se encontram no Cairo e conversam sobre as diferenças entre o Oriente e o Ocidente. Para Fradique, o Oriente está tão decadente quanto o Ocidente.

O narrador segue, então, contando uma série de fatos sobre Fradique, de modo a deixar claro a erudição desse incrível homem e criar a ilusão de que ele realmente existiu. No final dessa primeira parte, o narrador conta que não sobrou nenhuma obra impressa de Fradique e que especula-se que ele havia deixado alguma arca perdida contendo manuscritos. De concreto, só restam cartas. Começa, então, a parte epistolar do livro, que consiste em cartas que Fradique escreveu a amigos e intelectuais da época.

A segunda parte do livro apresenta 16 cartas escolhidas pelo narrador para dar credibilidade à figura de Fradique Mendes. As cartas são endereçadas tanto a pessoas reais (tais como Oliveira Martins e Ramalho Ortigão) quanto a personagens fictícias. Dentre as 16 cartas, nove são dirigidas a mulheres, sendo que Madame Jouarre recebe cinto cartas, Clara recebe três e Madame S., uma. Ao que tudo indica, todas as personagens femininas são fictícias.

Na carta a Madame S., Fradique defende o uso da língua materna, onde realmente reside o nacionalismo. Ele dá como exemplo a hilária história de sua tia, que ao viajar a países estrangeiros, recusava-se a falar outro idioma que não sua língua materna. Como ela gostava de comer ovos bem frescos, mesmo nos melhores hotéis abaixava no chão e imitava uma galinha. Conseguia, assim, comunicar-se perfeitamente.

Nas cartas a Madame Jouarre, Fradique discorre sobre diversos assuntos. Somente com ela que Fradique fala sobre seus sentimentos. Na primeira delas, ele diz querer conhecer uma moça com quem Madame Jouarre conversava em uma festa e exalta a jovem com grandes elogios. Em outras cartas, conta de sua estadia em Lisboa e de como a cidade está decadente e provinciano. Para ele, o futuro de Portugal tende à ruína. Na última delas, Fradique fala de um conhecido de ambos: Padre Salgueiro. Este padre agiria como se fosse um funcionário público: apenas cumpre suas obrigações de padre como se fosse uma profissão como qualquer outra. Seus discursos não têm emoção e nem inteligência.

As cartas direcionadas à Clara são típicas cartas românticas. Estas cartas surgem como um contraponto às demais. Nas outras, Fradique é uma personagem intelectual e distante, mas nestas direcionadas à Clara ele se dobra perante a moça e fala a ela com um sentimento amoroso exagerado. Porém, Fradique não tem intenção de se unir a moça, mas sim apenas viver o seu amor como um objeto de adoração. Mais do que a Clara, Fradique passa a impressão de amar a ideia de estar amando.

As demais cartas, todas endereçadas a personagens masculinas, tratam de assuntos como literatura, arte e política. Em uma delas, Fradique discursa sobre religião, comparando o Budismo e o Cristianismo. Para ele, as religiões são como qualquer outra manifestação própria de uma cultura: cada deus é inventado por um povo e serve como manifestação cultural desse povo.

Em outra, fala sobre a construção de uma estrada de ferro na Palestina. Para Fradique, a Terra Santa deveria ser mantida como está, como se fosse um museu a céu aberto para intelectuais. Não importa a qualidade de vida dos moradores de lá, contanto que tudo se mantenha intacto para o deleite dos turistas. Por fim, termina por criticar os jornais dizendo que estes só servem para reforçar as três coisas capazes de matar uma sociedade: a intolerância, o juízo ligeiro e a vaidade.

Referências:http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/correspondencia-fradique-mendes-resumo-obra-eca-queiros-698943.shtml



O Primo Basílio 


Jorge e Luísa formam um jovem casal pertencente à burguesia de Lisboa. Convivem com um círculo de amizades formado, entre outros, pelo Conselheiro Acácio, homem apegado a convenções sociais; Dona Felicidade, que nutre uma ardente paixão por ele; e Sebastião, o melhor amigo de Jorge. 
Jorge parte para uma viagem de trabalho. Durante sua ausência, Luísa recebe a visita de um antigo namorado de juventude, seu primo Basílio, residente em Paris. Admirado com a beleza da moça, Basílio envolve Luísa em um jogo de sedução, que faz com que ela se imagine vivendo uma das aventuras amorosas de suas leituras românticas. Eles se tornam amantes, passando a trocar bilhetes e cartas de amor. Luísa encontra estímulo na amiga Leopoldina, mulher casada, colecionadora de casos extraconjugais. Toda a movimentação da casa é observada pela governanta Juliana, sempre às voltas com planos de enriquecimento rápido. 
Para escapar das desconfianças dos vizinhos, o casal de amantes passa a se encontrar em um quarto alugado nos subúrbios de Lisboa. A despeito da decrepitude decadente do lugar, chamam-no de Paraíso. Ali, vivem tórridas cenas de amor. Com o tempo, Luísa percebe um esfriamento na paixão de Basílio, que passa a lhe tratar com certo desprezo. 
Juliana se apodera de algumas cartas trocadas entre os amantes e passa a chantagear a patroa. Luísa expõe um plano de fuga a Basílio, mas este se recusa a segui-lo e retorna a Paris.
Jorge chega da viagem e Luísa continua a sofrer o assédio de Juliana, que exige uma grande quantia em dinheiro para devolver-lhe as cartas. Para conter seus ímpetos, Luísa se vê obrigada a conceder à empregada uma série de privilégios: presenteia-lhe com seus vestidos, deixa seu quarto mais confortável e chega até mesmo a substituí-la em alguns serviços domésticos, sempre às escondidas do marido. 
Jorge se apercebe do que acredita ser desprezo de Juliana pelo trabalho e resolve demiti-la. Juliana exige o dinheiro da chantagem e Luísa apela então para Sebastião. Ele escuta toda a história do adultério e fica horrorizado, mas resolve ajudar a amiga. Vai até a casa de Jorge em um momento em que Juliana está só e, com ameaças de prisão, obtém as cartas. Vendo escapar-lhe o sonho de enriquecimento, Juliana tem uma síncope e morre. Sebastião entrega as cartas a Luísa. 
Luísa adoece. Jorge apanha, em meio à correspondência, uma carta de Basílio. Imaginando que a causa da doença da esposa seja algum problema familiar de cujo conhecimento ela o poupa, Jorge abre a carta. Nela, Basílio relembra os bons momentos passados no Paraíso. Quando a esposa melhora, Jorge lhe mostra a carta de Basílio. Luísa sofre um choque e, alguns dias depois, morre. 

Referências: http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros/o-primo-basilio.html
 

Novelas Passionais.

 Amor de Perdição e Amor de Salvação, são  títulos de novelas portuguesas, do autor Camilo Castelo Branco. Amor de Perdição foi escrito em 1862 e, Amor de Salvação foi escrito em 1864. São  romances do autor e, expoentes do romantismo em Portugal.



Amor de perdição


Simão Botelho era filho do corregedor Domingos Botelho, tinha um irmão mais velho, Manuel, com quem tivera algumas desavenças, e irmãs mais novas. Sua mãe chamava-se Rita e por vezes tinha uma atitude de soberba. Simão era um jovem que envergonhava a família. Suas amizades eram apenas com aqueles que pertenciam às classes mais pobres.E por tais atitudes desgostava muito a seus pais, eles na verdade nem sentiam amor pelo filho. Porém, passado um tempo Simão mudou totalmente. Não saía mais de casa, suas más amizades findaram, suas desordens também e passava seus dias em casa junto com Rita, sua irmã. A mudança no comportamento dele devia-se á sua paixão por Teresa Albuquerque, filha de Tadeu Albuquerque, haviam-se apaixonado, Simão e Teresa eram membros de famílias rivais. Moradores de casas vizinhas, em Viseu.Os jovens apaixonados, logo perceberam a impossibilidade da realização desse amor por meio do casamento, pois suas famílias eram inimigas. Pouco tempo depois começam sentir ódio por seus pais. Todavia mantêm um namoro silencioso através das janelas próximas. Ambas as famílias, desconfiadas, fazem tudo para combater a união amorosa.Tadeu de Albuquerque, pai de Teresa, ao descobrir o romance, trata de prometer a mão de sua filha a seu sobrinho Baltasar Coutinho. No entanto, a menina o negou até pelo facto de o seu primo a irrita muito e foi então que começaram as ameaças a Teresa, casava-se ou não seria mais considerada filha, seria mandada para um convento. Na casa de Simão, o pai, muito irritado com aquela paixão resolve pôr fim ao romance entre seu filho e Teresa, enviando o jovem Simão a Coimbra para concluir seus estudos, pretendia com isso sufocar o amor dos jovens pela distância.Simão, enlouquecido pela saudade de sua amada, decide ir a Viseu encontrar-se com Teresa. É hospedado pelo ferreiro João da Cruz, homem destemido, forte e fiel que devia favores a seu pai. Após uma tentativa falhada de se encontrar com Teresa Simão sai ferido. O rapaz busca refúgio na casa de João da Cruz para recuperar, dos ferimentos.Os amantes ainda mantinham comunicação por meio de uma velha mendiga que passava com frequência sob a janela do quarto de Teresa. Para castigar a filha, Tadeu de Albuquerque decide mandá-la para um convento do Porto. Antes, porém, a jovem é recolhida num convento na própria cidade de Viseu, enquanto Tadeu aguardava a resposta do Porto.Em Viseu, na casa do ferreiro, Mariana, filha do ferreiro acaba por se apaixonar por Simão, amor esse não revelado pela moça.Simão ao tomar conhecimento dos factos, fica furioso e, num acesso incontido de raiva, decide tentar raptar Teresa.O jovem defronta-se com Baltasar, na tentativa de resgatar Teresa. Mesmo diante de várias testemunhas o jovem Simão atinge Baltasar com um tiro mortal.Simão é preso e condenado à morte. Porém, devido à interferência do corregedor Domingos Botelho, pai de Simão, a pena é convertida ao degredo nas Índias.A sentença do desterro sai, Simão é condenado a ficar dez anos na Índia.Teresa começa a ter sua saúde abalada, cada vez mais triste e muito magoada, parece ter perdido a vontade de viver.Ao embarcar rumo à Índia, Simão vê, pela última vez no mirante do convento Teresa.Também Teresa contempla o navio que levava seu amado. Logo após, Teresa morre. Simão, antes de seguir seu destino, toma conhecimento da morte de Teresa e segue rumo ao degredo.Relê cartas de Teresa, seu corpo vai sendo consumido pela morte.Alguns dias após o início da viagem, Simão adoeceu, tinha febres e delírios, Simão morre. Mariana, não resistindo à perda de Simão, no momento em que vão lançar o corpo ao mar, lança-se ao mar também.

Referências: http://anasarajulia.blogspot.com.br/2008/12/amor-de-perdio-de-camilo-castelo-branco_10.html


Amor de Salvação


 Afonso e Teodora foram prometidos um ao outro, por suas mães que eram amigas desde os tempos em que estudavam num convento. 
  Após a morte da mãe, Teodora vai para um convento e tem como tutor seu tio, pai de Eleutério Romão. Teodora e Afonso estão sempre em contato aguardando o tempo certo para casarem. 
Afonso resolve estudar fora por dois anos. Teodora influenciada pela amiga Libana quer casar-se o mais rápido possível. A mãe de Afonso, D. Eulália, pede-lhe para aguardar. Mas com a saída de Libana do convento Teodora se desespera e resolve casar-se com seu primo, Eleutério,  para libertar-se das grades do convento. 
  Eleutério era o oposto a beleza de Teodora, era rude e vestia-se de forma hilariante. Apesar da grande tentativa de seu tio, o padre Hilário, em ensinar-lhe a ler, nada conseguiu. 
Vencido pela incapacidade de seu sobrinho, Padre Hilário  desistiu afirmando que somente através de uma fresta no cérebro, aberta a machado, seria possível tal façanha. 
  Teodora viveu em pompas, trajes de sedas, cavalos, bailes, etc., mas nunca esquecera Afonso, enviava-lhe cartas de amor mas nunca obtivera resposta. 
Afonso sofreu muito com a notícia do casamento de Teodora, pediu a mãe permissão para se ausentar de Portugal. Contava sempre com o apoio e o consolo das cartas de sua mãe e sua prima Mafalda, que o amava pacientemente. 
  Após anos de amargura, sofrimento e luta contendo-se diante das cartas de Teodora, para não fugir aos ensinamentos religiosos aos quais sua mãe o educou, foi fulminado pela influencia do amigo José de Noronha que o incentivou a escrever à Teodora. Relutou mas não conseguiu. 
  A tal carta foi cair nas mãos de Eleutério, leu mas nada entendeu. Pediu então a um amigo ajuda para interpretá-la. A carta acabou sendo rasgada por  Fernão de Teive, dando a desculpa de serem  grandes sandices, após junto com sua filha Mafalda, reconhecer as intenções do remetente, seu sobrinho Afonso de Teive. Não conformado Afonso parte ao encontro de Teodora. 
Eleutério quando os encontra juntos, pede-lhes explicações. Teodora  responde-lhe que é uma mulher livre a partir daquele momento, e vai viver com Afonso. Passam momentos, ilusoriamente, felizes. Afonso abandona até a sua própria mãe para viver ardentemente esta paixão que sempre o consumiu. 
Sua mãe sempre afetuosa, apesar da grande tristeza, sustenta a vida  luxuosa que Afonso  tem ao lado de Teodora . Afonso quando fica sabendo da morte de sua mãe, através de carta escrita por Mafalda, se desespera. 
Teodora tenta consolá-lo, mas ele sente em suas palavras ironia e sente nojo de tamanho fingimento. 
Procura isolar-se de Teodora e dos amigos. Durante este período,  Tranqueira, velho criado da família, alerta-o sobre as intenções do amigo José de Noronha por Teodora. No início se revolta contra o criado, mas acaba escutando-o e passa a observá-los. 
Encontra umas cartas que confirmam as suspeitas. Certo dia os pega juntinhos com gestos de muita familiaridade.  Aborrece-se pede para que Noronha saia de sua casa. Teodora  dissimulada como sempre, tenta enganá-lo, mas ele atira-lhe as cartas. 
Teodora desmaia enquanto Tranqueira derruba Noronha na cisterna para vingar seu patrão. Afonso passa alguns dias fora de casa, quando retorna encontra uma carta de Toedora informando os pertences que havia levado consigo. Apesar de traído sente saudade da encantadora  Teodora.  Vende tudo e parte para Paris atrás de um amor que o salve. Gasta tudo o que tem. 
  Por fim, pede ao seu tio Fernão para comprar-lhe a casa onde viveram seus pais e avós, pois não queria ofender a memória de sua mãe   que o havia pedido, em carta antes morrer que não a vendesse. 
Mafalda com seu coração generoso e cheio de amor pelo primo, pede a seu pai que o atenda, e este assim o faz mas,  com a condição de que a casa continuaria sendo de Afonso. 
Afonso afunda-se cada vez mais em seus vícios e extravagâncias a ponto de querer suicidar-se. Tranqueira, que nunca o abandonou, percebeu sua intenção e disse-lhe severas palavras que o livraram de tamanha loucura. Mudou de vida, passou a trabalhar e a estudar com apoio de seu criado. 
Fernão de Teive adoece, e prestes a morrer pede ao padre Joaquim que vá a Paris entregar a Afonso, os documentos de propriedade da casa a qual comprara, apenas com intuito de ajudar o sobrinho. 
Após a morte de Fernão, Mafalda sentindo-se sozinha, resolve viajar com o padre Joaquim para Paris com a objetivo de juntar-se as irmãs de caridade. Quando o padre Joaquim encontra Afonso e conta-lhe da morte do tio, este chora e corre ao encontro da prima que ficara em uma hospedaria. 
Mafalda conta ao primo sua decisão, mas padre Joaquim pede-lhes, pelo amor de Deus, que ao invés disso, casem-se. Afonso aceitou de imediato e agradeceu à Deus por ter ouvido os  pedidos de suas mães. 
  Afonso e Mafalda voltaram para sua cidade, casaram-se, tiveram oito filhos e foram muito felizes. Apesar do título “Amor de Salvação” a novela relata em quase toda sua extensão, um “amor de perdição” entre Afonso de Teive e Teodora Palmira. 
Ao “amor de salvação”, Mafalda, são dedicadas somente as ultimas páginas do romance.

Referências: http://www.resumosdelivros.com.br/c/camilo-castelo-branco/amor-de-salvacao/ 

Literatura e Cinema.

Romeu e Julieta

A história se passa nos anos de 1591 e 1595, onde o escritor William Shakespeare conta a tragédia de um casal adolescente que suas famílias são unidas após a morte e ao mesmo tempo estão em divergência por conta inimizade histórica entre a família Montecchio e a família Capuleto.
   
   A história tem como cenário a cidade de Verona na Itália. Romeu e Julieta vieram a se apaixonar numa festa na casa dos Capuletos, na qual Romeu entrava como intruso, mesmo percebendo a sua presença o Sr.Capuleto não se incomodou, pois tinha grande admiração pela imagem do jovem Montechios. Romeu e Julieta, impulsionados por uma grande paixão, se casaram as escondidas.
   
   Mas a tragédia assolava a historia do casal, pois quando tudo parecia se encaminhar bem Romeu se envolve sem querer em uma briga com o primo de Julieta, Tebaldo, que ao descobrir a presença do Montecchio na festa de seus tios, planeja uma revanche contra ele. A princípio o jovem não aceita provocações, mas seu amigo Mercúcio confronta o adversário e é morto por ele, o que provoca a revolta de Romeu, o qual mata Tebaldo para se vingar. Essa faz com que o Príncipe da cidade exile Romeu.
   
   O pai de Julieta, sem saber da união de sua filha com o inimigo, arranja o casamento para Julieta com Páris. O padre a convence a aceitar o matrimônio, mas elabora um plano. Pouco antes do ato do casamento Julieta deve ingerir uma poção feita pelo padre; o efeito da poção fará com que ela seja considerada morta.
   
   Romeu seria avisado e retornaria para retirar Julieta do jazigo dos Capuleto assim que ela despertasse. Porém Romeu descobre o ocorrido antes de ser notificado pelo padre. Desesperado, ele adquire uma poção venenosa e, na sepultura onde se encontra a amada, ingere o liquido do frasco e morre junto à Julieta.
   
   A jovem, ao acordar, encontra Romeu ali morto e com o punhal roubado de Romeu, se mata. Os dois são encontrados juntos, mortos, para desespero dos familiares. Tristes com a tragédia, as famílias se reconciliam definitivamente.
 Referência: http://prejudicepride.blogspot.com.br/2013/11/resumo-do-livro-romeu-e-julieta-william.html 



 O Corcunda de Notre Dame

 A história é centrada na tragédia do corcunda Quasímodo e da cigana Esmeralda.
Esmeralda era uma bela cigana que dançava nas ruas e realizando truques com uma cabra. Sua imensa beleza transtorna o arquidiácono Frollo que ordena o sineiro, o disforme Quasímodo, rapte a cigana. O arcediácono era a única pessoa que Quasímodo conhecia e o amava a ponto de fazer tudo o que lhe fosse pedido, no entanto os planos de Frollo foram frustrados por causa do Capitão Febo, que surgiu com seus soldados prendendo o sineiro e salvando a cigana.
Quasímodo foi atado ajoelhado a uma roda e chicoteado. Com os olhos semiaberto ele viu o arquidiácono vir em sua direção e sorrir. Ele estava convicto de que o sacerdote o salvaria, mas ao invés disto Frollo desaparece em meio a multidão. Mais tarde ao clamar desesperadamente por água, as pessoas que o rodeavam riram e lançaram pedras contra ele. Porém Esmeralda surge com uma xícara de água comovendo-o profundamente.
Ao se reencontrar com o capitão Febo, a cigana demonstra a este todo o sentimento que vinha nutrindo em relação a ele desde o seu salvamento. Apesar de casado, o capitão marca o um encontro com Esmeralda em um local fechado e ao se aproximar para beijá-la é apunhalado por Frollo, que havia seguido-o. Acusada pelo assassinato, a cigana é levada para prisão sentenciada a pena de morte. 
Ao ser levada em praça pública para seu enforcamento, Quasímodo surge prontamente por uma corda levando-a para Catedral, onde estariam seguros pela lei de abrigo. Gringorie, um poeta com quem a cigana havia forjado um casamento, planeja salvá-la com a ajuda de vagabundos que simpatizavam-se por ela. Quando os vagabundos surgem para salvá-la acabam sendo atacados por Quasímodo, cujo o porte e a força descomunal  permitem-no que lute sozinho, até o instante em que os soldados do rei chegam amedrontando-os e fazendo-os desaparecer.
Em meio ao tumulto, Frollo aproveita para fugir com Esmeralda e tentar seduzi-la. Enfurecido com sua recusa, o arquidiácono a abandona e ao ser encontrada pelos soldados é encaminhada novamente para execução. Do alto da catedral Quasímodo e Frollo assistiram a execução e ao ver o sacerdote sorrindo, o sineiro se enfurece empurrando-o telhado abaixo e desaparecendo para sempre. Muito tempo depois enquanto os soldados procuravam por um corpo qualquer, no local onde Esmeralda havia sido sepultada, são encontrados dois esqueletos abraçados, um deles com uma deformidade eminente nas costas. O homem a quem esse esqueleto pertencia viera até ali e ali morrera abraçado a jovem. Na tentativa de desprende-lo do esqueleto a que se abraçava, desfizeram-se ambos em pó.

Referências: https://garotasdejales.wordpress.com/2014/08/27/resumo-o-corcunda-de-notre-dame/


O Feitiço de Áquila

Na Europa do século XII, Philippe Gaston, "O Rato" (Matthew Broderick), é um ladrão condenado a execução que escapa das masmorras de Áquila, através dos esgotos, e foge para o campo. O Bispo de Áquila (John Wood) envia o seu Capitão da Guarda Marquet (Ken Hutchison) para caçar Phillipe; ele e seus soldados encontram Philippe, mas são frustrados por um misterioso cavaleiro negro que revela ser seu ex-capitão, Etienne de Navarre (Rutger Hauer), viajando com um falcão belo e dedicado. Marquet avisa ao Bispo sobre o retorno de Navarre, que entre outras coisas solicita a convocação de Cezar (Alfred Molina), o caçador de lobos.
Navarre diz a Philippe por que o salvou: ele precisa de um conhecimento que é único de Philippe, para levá-lo para dentro de Áquila e matar o Bispo. Enquanto viajam, Philippe se torna ciente de eventos misteriosos e assustadores que os rodeiam, incluindo o aparecimento a noite de um lobo negro e de uma mulher notavelmente linda (Michelle Pfeiffer), a qual não teme o lobo.
Navarre e o falcão são feridos em outro encontro com os homens do Bispo; Navarre envia o falcão com Philippe ao velho monge Imperius (Leo McKern), para curá-la. No castelo em ruínas, Philippe finalmente percebe a verdade, a qual é confirmada por Imperius: o falcão é uma mulher chamada Isabeau d'Anjou (Michelle Pfeiffer), que veio viver em Aquila depois que seu pai morreu em Antioquia (veja A Primeira Cruzada). Todos os que a viam apaixonavam-se por ela, inclusive o poderoso e corrupto Bispo. Mas Isabeau já amava o capitão da Guarda dele, Etienne Navarre, com quem ela secretamente se encontravam sem ninguém saberr.
Acidentalmente traídos por seu confessor, Imperius, eles fugiram. Em seu ciúme doentio, o Bispo fez um pacto demoníaco para garantir que eles estariam "Sempre juntos, eternamente separados": durante o dia Isabeau transforma-se num falcão, de noite Navarre se transforma em um lobo negro. Nenhum deles tem qualquer memória da sua meia-vida em forma de animal, somente no anoitecer e no amanhecer de cada dia eles podem ver um ao outro em forma humana por um momento fugaz, mas nunca podem tocar-se.
Em desespero Navarre planeja matar o Bispo, ou morrer na tentativa, tornando a maldição irrevogável. Mas Imperius descobriu uma maneira de quebrar a maldição: ele e Philippe têm que convencer os amantes a tentar. Se eles conseguirem vencer as aventuras que lhes ocorreram (incluindo um encontro com Cezar), no prazo de três dias, um eclipse solar em Aquila vai criar "um dia sem noite e uma noite sem dia": quando os amantes estiverem juntos em forma humana diante do Bispo, a maldição será quebrada.
Referências: https://pt.wikipedia.org/?title=Ladyhawke#Sinopse 

Os Miseráveis 
 Após cumprir 19 anos de prisão com trabalhos forçados por ter roubado comida, Jean Valjean (Liam Neeson) é acolhido por um gentil bispo (Peter Vaughan), que lhe dá comida e abrigo. Mas havia tanto rancor na sua alma que no meio da noite ele rouba a prataria e agride seu benfeitor, mas quando Valjean é preso pela polícia com toda aquela prata ele é levado até o bispo, que confirma a história de lhe ter dado a prataria e ainda pergunta por qual motivo ele esqueceu os castiçais, que devem valer pelo menos dois mil francos. Este gesto extremamente nobre do religioso devolve a fé que aquele homem amargurado tinha perdido. Após nove anos ele se torna prefeito e principal empresário em uma pequena cidade, mas sua paz acaba quando Javert (Geoffrey Rush), um guarda da prisão que segue a lei inflexivelmente, tem praticamente certeza de que o prefeito é o ex-prisioneiro que nunca se apresentou para cumprir as exigências do livramento condicional. A penalidade para esta falta é prisão perpétua, mas ele não consegue provar que o prefeito e Jean Valjean são a mesma pessoa. Neste meio tempo uma das empregadas de Valjean (que tem uma filha que é cuidada por terceiros) é despedida, se vê obrigada a se prostituir e é presa. Seu ex-patrão descobre o que acontecera, usa sua autoridade para libertá-la e a acolhe em sua casa, pois ela está muito doente. Sentindo que ela pode morrer ele promete cuidar da filha, mas antes de pegar a criança sente-se obrigado a revelar sua identidade para evitar que um prisioneiro, que acreditavam ser ele, não fosse preso no seu lugar. Deste momento em diante Javert volta a perseguí-lo, a mãe da menina morre mas sua filha é resgatada por Valjean, que foge com a menina enquanto é perseguido através dos anos pelo implacável Javert. 
Referências: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-17869/